Pirataria na Internet - Existe? O que é e como funciona?

Monitores CID Vila Yolanda

Pirataria de Produtos
Quando as pessoas falam sobre Pirataria de Produtos, o que você entende? Todos dizem que pirataria envolve os mais diversos produtos, desde roupas, utensílios domésticos, remédios, livros, softwares e qualquer outro tipo de produto que possa ser copiado, sem o pagamento dos direitos autorais, de marca e ainda de propriedade intelectual e de indústria. E é isso mesmo, portanto, quer pela cópia de uma obra anterior (falsificação), quer pelo uso indevido de marca ou imagem, com infração deliberada à legislação que protege a propriedade artística, intelectual, comercial e/ou industrial.

Agora, e a Pirataria na Internet? Existe? Existe, e muito. A pirataria de softwares através da Internet tem crescido muito, mas como ter esse controle em uma rede que parece "terra de ninguém"? O Centro de Inclusão Digital Vila Yolanda pesquisou e encontrou muitas coisas interessantes sobre esse assunto polêmico, veja:

Pirataria na Internet ou Pirataria Moderna

Warez

Warez, termo derivado da língua inglesa, segunda metade da palavra software no plural, sob uma pronúncia l33t. Primariamente se refere ao comércio ilegal (pirataria) de produtos com direitos autorais. Este termo geralmente se refere a disponibilização por meio de grupos organizados, fazendo o uso das redes peer-to-peer (por exemplo o E-mule, Kazaa, Napster), do compartilhamento de arquivos (ficheiros) entre amigos ou entre grandes grupos de pessoas com interesses similares.

Usualmente não se refere ao comércio de software falsificado. Este termo foi inicialmente cunhado por membros de grupos de usuários de computador do meio alternativo ou clandestino, mas se tornou um termo de uso comum pela comunidade da internet e da mídia. O termo pirataria é utilizado por estes círculos para se referir ao uso não autorizado de propriedade intelectual.


História

A Pirataria desta forma, teve início na revolução industrial quando as primeiras máquinas texteis foram patenteadas na inglaterra foram copiadas e fabricadas nos Estados Unidos sem qualquer consideração ou pagamento aos inventores ingleses. A pirataria teve início por motivos econômicos, as máquinas inglesas eram incrivelmente eficientes. Durante os anos 80 várias marcas famosas foram alvo da pirataria, desta vez a motivação era mero marketing, tendo em vista a enorme procura e preço elevado dos produtos originais de marcas conhecidas, produtores locais começaram a copiar ilegalmente os modelos e logotipos famosos. No Brasil, tornou-se muito popular dentre os comerciantes informais, camelôs, que ainda hoje vendem produtos falsificados, de roupas até eletrônicos. Os CDs foram um grande vilão, dando a possibilidade se fazer dezenas de cópias de um mesmo CD em minutos, além do baixo peso e baixo custo da matéria bruta a distribuição também facilitou muito. Mais recentemente, a partir da invenção dos jogos eletrônicos e computadores pessoais, os alvos mudaram, exigindo mais conhecimento e modificando totalmente a forma como se conhecia a pirataria até então. Os produtos copiados não são mais materias, nem falsificações, não tem uma produção e muitas vezes não é distribuido fisicamente.

Ao mesmo tempo em que a Internet aumenta imensamente as oportunidades de venda de produtos e serviços, também cria novas oportunidades para a pirataria de software.

Até recentemente, as cópias não autorizadas de software requeriam troca física de disquetes, CDs ou outra mídia física, mas, à medida que a Internet torna-se continuamente mais difundida, mais rápida e menos dispendiosa, o mesmo ocorre com a pirataria de software.

A Internet permite que produtos sejam transferidos de um computador para outro sem transação de mídias físicas e com pouco risco de detecção. Alguns esquemas de pirataria podem até mesmo envolver transações sem o consentimento do proprietário. A pirataria, que antes necessitava de um complexo entendimento de códigos de computador, agora pode ser feita com o clique de um mouse. De acordo com cálculos recentes, cerca de cem milhões de norte-americanos têm agora acesso à Internet, proporcionando aos piratas de software um mercado crescente[carece de fontes?].

A indústria de alta tecnologia está direcionando a revolução da informação, que é a base da nova economia. As empresas associadas da BSA são produtoras líderes de software, hardware e tecnologias inovadoras, tendo sido sempre participantes fundamentais no fornecimento de infra-estrutura crucial para o comércio eletrônico e de Internet.


Tipos de warez

  • Aplicativos – Geralmente a versão de testes, demonstração, não completa.
  • Serial (destrava) – Um conjunto de letras e/ou números que destravam programas, este tipo de warez é híbrido de legalidade e pirataria, por que é usado em ambos os lados.
  • KeyGen (software) – Um gerador de números seriais, desenvolvido para criar um número serial para destravar programas que usam números seriais basados no computador ou na identidade.
  • Patch (software) – Um programa que possui uma cópia já alterada dentro dele e substitui o original pelo modificado e isso inclui: substituir a versão mais antiga pela nova, substituir a versão demo pela full e substituir a versão original do programa por uma versão hack.
  • Crack (software) – Uma versão modificada do programa original, que roda uma cópia como se fosse completa. Ou um arquivo que executa tal processo, conhecido como patching (ou patchear em português).
  • KeyMaker (software) – Um programa que é uma fusão de KeyGen, Crack e cavalo de tróia, o KeyMaker é uma espécie de crack, mas gera números seriais e destrava programas usando um código-fonte de cavalo de tróia e usa o cavalo de tróia configurado pelo usuário (normalmente o nome da pessoa) e gerado pelo programa para destravá-lo e cria uma destrava que simula todos os passos normais de destrava criados para o programa e o isola de todas possibilidades de travas, o que impossibilita retira-lo após usado, com a exceção de que haja uma brecha na configuração do sistema, do programa e do KeyMaker, fazendo que a ativação quebre (mas isso é extremamente difícil de ser feito) e o KeyMaker também não precisa modificar nenhum arquivo ou o próprio programa, já que o programa fica intacto ao usar está suprema destrava; um programa que já é alvo principal é o Alcohol 120% e criador BetaMaster (identidade desconhecida).
  • Jogos – Talvez o tipo de warez mais antigo. Se refere tanto a jogos de computador quando aos jogos de Videogame. Este tipo de warez tem uma atenção especial, e é muito disputado entre os grupos de crackers. Devido ao fato que alguns membros eram programadores de empresas de videogames já falidas, seus conhecimentos e interesses se voltaram mais para os games.
  • Filmes – Relativamente novo, o warez de filmes só foi possível graças ao advento de novas formas de compressão de arquivos de vídeo, internet banda larga e leitores de DVD (que possibilitam a cópia do filme apartir de um DVD comercial sem necessariamente ter acesso ao arquivo original de mídia da produtora).
  • Filmes em alta definição – Mais recentemente, começaram a circular em redes peer-to-peer versões ripadas, ou seja, tiradas, de Mídias de alta resolução, como o Blu-ray e o HD-DVD. Porém, ainda são raros, devido ao tamanho do arquivo e a incompatibilidade de alguns reprodutores em executar tais arquivos.
  • No-CD – São versões modificadas, ou pequenos programas que fazem esta modificação, para que o jogo ou aplicativo, seja executado sem o CD original (uma forma muito comum de evitar pirataria de programas de computador).
  • Séries de televisão – Com as placas de captura de sinais de televisão analógica e digital, os seriados podem ser gravados, editados e lançados na internet. Novos padrões de compressão de vídeo, como o RMVB (Real Media Variable Bitrate) e o DivX, possibilitaram a redução dramática do tamanho de um episódio, geralmente em torno de 350MB com qualidade de DVD, que somado ao advento da proliferação de servidores de hospedagem de arquivos gratuitos (Rapid-Share, Megaupload, File-Upload, 4Shared, etc) facilitaram em muito a distribuição deste tipo de conteúdo através de grupos de uploaders, que encodam (convertem para o formato final, embutindo a legenda) e fazem o upload (carregam o arquivo para os servidores, e distribuem os link). Muitas vezes fontes internas nas produtoras fazem cópias escondidas e distribuem antes dos seriados alcançarem as emissoras. Além de equipes amadoras espalhadas pelo mundo para produzir traduções e legendas para episódios do formato XviD. A alta qualidade do formato XviD incentivou fortemente o mercado warez, tamanha a sua ascensão, diversos DVD players domésticos já executam o formato DivX.
  • MP3 – Basicamente incluem qualquer tipo de áudio no formato MP3, geralmente coletâneas completas ou singles de grupos musicais.
  • eBooks – Versões digitalizadas de livros, algumas cópias originais e as vezes digitalização caseira feita com scanner comum.


Críticas

Warez é defendindo por muitos como não-pirataria, seria apenas uma forma de compartilhamento sem nenhum fim lucrativo. A pirataria ficaria associada aos grupos que vendem cópias piratas. Entretando existem sites intitulados de warez que cobram por copias piratas, geralmente valores muito abaixo dos produtos oficiais e sem requerer dados pessoais ou registro posterior do produto adquirido. Tais sites são comumente usados como patrocinadores de outros sites de warez grátis ou sites de crack. Muitos apenas levam o usuário entrar em outros sites de votação e confirmar registro via email para supostamente oferecer os aplicativos e jogos. Recentemente grupos de Warez tem incluido em seus sites, e junto aos arquivos de informação anexados aos aplicativos, frases pedindo aos usuário que comprem tais produtos após experimentarem a cópia não autorizada.


Como

As publicações e distribuições de warez acontecem nos seguintes passos:

  1. Um grupo de warez obtem uma cópia da produtora, antes do lançamento do produto, através de um contato interno, ou roubando uma cópia em CD, ou comprando normalmente uma cópia original autorizada.
  2. O grupo ou um indivíduo conhecido como crackers recompila o programa, com o objetivo de burlar licenças de uso e sistemas de proteção contra cópia não autorizada.
  3. O programa ou filme é compactado em um formato apropriado, geralmente comprimido em RAR ou ZIP, então distribuido internamente em servidores privados para o grupo criador ou entre grupos amigos.
  4. Finalmente o programa é enviado para sites de warez de grande popularidade e a publicação é encerrada pelo grupo. A partir daí, outros grupos ou usuários independentes se encarregam de distribuir em servidores menores (geralmente FTP) e entre amigos alcançando todos os cantos do mundo.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

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