Santa Marta é primeiro morro do Rio com internet de graça e a céu aberto

Monitores CID Vila Yolanda

Depois da orla de Copacabana agora é a vez de uma comunidade de Botafogo, na Zona Sul do Rio, entrar na era digital. O Santa Marta, também conhecido como Dona Marta, é o primeiro morro do Rio com internet de graça e a céu aberto. Com um investimento de R$ 496 mil, os moradores passam a partir desta segunda-feira (9) a ter wireless, uma rede de internet em banda larga gratuita. São 16 antenas que transmitem o sinal 24 horas por dia. Ao todo, quase 10 mil moradores poderão acessar a rede qualquer ponto do morro.

Os moradores também contarão, durante três meses, com um quiosque com computadores conectados à rede para acessar a internet, além de oficinas de informática que explicam como usar a ferramenta.


















A inauguração do sistema contou com a presença do governador Sérgio Cabral, do secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, além de representantes da própria comunidade.

“Essa é cobertura que ninguém vê, mas que é a grande cobertura do século XXI. Cada morador do Santa Marta vai poder ter seu e-mail, seu endereço eletrônico, que é uma entrada institucional no mundo digital. Vai ser possível, por exemplo, enviar o currículo por e-mail”, disse Cabral.

Os próximos pontos da cidade que receberão o sistema gratuitamente são a comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste, as orlas de Ipanema e Leblon, a Rocinha, na Zona Sul, e a Baixada Fluminense.

Durante a cerimônia de inauguração, Cabral defendeu a presença da polícia nas comunidades do Rio. “Temos que superar a presença do poder paralelo. Não é normal ter um traficante com um AR-15 na mão. Não é normal achar comum que um grupo de policiais e ex-policiais formem milícias. O que é normal é o poder público presente. Segurança é uma prioridade nossa”, disse o governador.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que também esteve presente à inauguração, falou sobre as câmeras de segurança do legado do Pan, que ainda não estão sendo utilizadas.

“Não posso abrir uma licitação e instalar sem receber de forma coerente e correta o que é o legado do Pan. Para que nós façamos o serviço temos que estar de posse do equipamento de maneira formal. Não vou colocar na carga do estado o balanço de material que não bate com o que está no papel. Algumas coisas faltam e outras sobram. Trezentas e vinte câmeras estão sob minha custódia no prédio da Secretaria de Segurança Pública, mas formalmente não vieram para o patrimônio do estado porque há uma discrepância”.

Postar um comentário